quinta-feira, 27 de julho de 2017

Quem dera ser aconchego

Silêncios musicais
de infernais palavras
que não vão com o vento,
mas toldam meu pensamento...

Quisera ser gaivota,
ou borboleta ou até somente
inefável odor que se te pespegasse
num eterno e imenso abraço...

Quem dera ser o aconchego, sem medo,
dos teus passos lentos fugidios,
dos lassos e ternos desvarios...

Quem fosse inebriante fragrância
de mar e de lembrança a sal
perdida na tua lembrança...

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